"Então, falando ele estas coisas em sua defesa, Festo disse em alta voz:
Estás louco, Paulo! As muitas letras te levam à insanidade!"
(Atos dos Apóstolos 26.24)

terça-feira, julho 28, 2009

As brumas

Noite sob quase zero grau.
Brumas paridas do fôlego
Amadurecem num ritmo trôpego,
Bruxuleio infinitesimal.

Era o mergulho no infinito!
Felicidade e perplexidade!
Efemeridade e mortalidade.
Soçobrou, soçobrou o mito...

A geada, voraz, amanheceu
E não deixou ervas nenhumas!
Sob o pensamento, o dogma feneceu...

Sob o sol, borbulharam espumas,
Bolhinhas multicores como um camafeu,
Lindas e fugazes como as brumas.

Novo Hamburgo, RS

Um comentário:

Luiza Pinheiro disse...

Lembrou-me a música que diz que nos galhos secos de uma árvore qualquer onde ninguém jamais pudesse imaginar o Criador vê/fez uma flôr a brotar. Sabe, murcha-se a flor e seca-se a erva mas a Palavra/ Essência dura para sempre. Feliz aquele que consegue observar e expressar tal beleza, mesmo que às vezes erma e perecível.