"Então, falando ele estas coisas em sua defesa, Festo disse em alta voz:
Estás louco, Paulo! As muitas letras te levam à insanidade!"
(Atos dos Apóstolos 26.24)

domingo, dezembro 12, 2010

POEMA PARA O PRIMEIRO ANO

Carlinha,

Aí desabrocha o nosso primeiro ano!

Rompeu do tempo o tênue pano!

Leve, floreava cuidadoso do amor a casinha.

Admirável e misterioso paradoxo!


Misturaram-se nossos corações neste universo ortodoxo.

Iam-se, por mão da religião astronômica, os dias, é verdade!

No que, porém, nossos olhares um do outro sentiam saudade,

Havia o fenômeno: como na Bíblia, o sol parava,

Almas em riso, corpos em fogo, a gente se amava!


Querida,

Um ano faz de nossa melodia conjugal!

Escuta a época, encantada, o nosso madrigal.

Ressoam singelos acordes quando moves teus olhos claros,

Infinita coletânea das mais belas composições!

Dedicamos as vozes à sinfonia da nossa vida,

Aclama o coro cordial a harmonia de nossas canções!


Eu e Tu, assim intitulamos nossa obra.

Somos anáforas na sintaxe desse escrito:

Poderia o meu “Eu” o teu “Tu” não anunciar

Ou o meu “Tu” o teu “Eu” não revelar?

Sabe, Amor, quero que um permaneça no outro inscrito,

A poesia dos enamorados, a todo momento,

[uma antologia da felicidade se descubra!