Brumas paridas do fôlego
Amadurecem num ritmo trôpego,
Bruxuleio infinitesimal.
Era o mergulho no infinito!
Felicidade e perplexidade!
Efemeridade e mortalidade.
Soçobrou, soçobrou o mito...
A geada, voraz, amanheceu
E não deixou ervas nenhumas!
Sob o pensamento, o dogma feneceu...
Sob o sol, borbulharam espumas,
Bolhinhas multicores como um camafeu,
Lindas e fugazes como as brumas.
Novo Hamburgo, RS
Um comentário:
Lembrou-me a música que diz que nos galhos secos de uma árvore qualquer onde ninguém jamais pudesse imaginar o Criador vê/fez uma flôr a brotar. Sabe, murcha-se a flor e seca-se a erva mas a Palavra/ Essência dura para sempre. Feliz aquele que consegue observar e expressar tal beleza, mesmo que às vezes erma e perecível.
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