“No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). O sentido desse verso inicial da Bíblia é inequívoco: o universo (os céus e a terra, isto é, a realidade visível na concepção dos antigos hebreus) foi formado por Deus. O tempo cronológico aqui é o que menos importa. “No princípio” tem muito mais a ver com a mitologia, isto é, a descrição imaginária com a qual se representa a transcendência de Deus, do que com fatos históricos. Porém, é indiscutível a crença comunicada nessa frase de que o Deus que se representa por meio de linguagem mítica interage com a história humana, de modo que Ele mesmo é origem e sentido de tudo o que existe.
Na narrativa inicial do Gênesis, a ação divina governa os fenômenos naturais (o vento, os movimentos das águas, os ciclos dos astros, a fecundidade da terra e dos seres vivos) e, assim, o mundo adquire a sua forma. A ordem percebida na natureza inspira no ser humano observador a fé em um Deus elevado sobre essa harmonia de todas as coisas. Mas, “esse Deus não é um deus qualquer”, diriam os israelitas na antiguidade. “É o Deus da minha experiência, com a companhia do qual venho construindo e compreendendo a minha realidade histórica”. Pode-se dizer, então, que fé é isso: construir a história com Deus e perceber Deus na história.
Por essa razão, talvez, seja dado um destaque à formação do ser humano. É com o homem e a mulher que Deus pretende governar o mundo, preservar a beleza da dinâmica dos processos naturais, fazer história. Em sua existência no mundo, pois, o ser humano busca compreender a si mesmo. As pessoas de Israel, na antiguidade, ao perguntarem pelo sentido de sua história, sentiram um Outro presente e reconheceram essa presença que lhes soava como uma voz: “Façamos o ser humano (...)”. Ao indagar, então, a respeito de minha própria pessoa e dos rumos de minha história, sou convidado pelo texto bíblico a interpretar essas questões à luz da voz do Outro que me diz que sou uma criação divina, com quem Deus deseja escrever uma história neste mundo e a favor deste mundo.
Na narrativa inicial do Gênesis, a ação divina governa os fenômenos naturais (o vento, os movimentos das águas, os ciclos dos astros, a fecundidade da terra e dos seres vivos) e, assim, o mundo adquire a sua forma. A ordem percebida na natureza inspira no ser humano observador a fé em um Deus elevado sobre essa harmonia de todas as coisas. Mas, “esse Deus não é um deus qualquer”, diriam os israelitas na antiguidade. “É o Deus da minha experiência, com a companhia do qual venho construindo e compreendendo a minha realidade histórica”. Pode-se dizer, então, que fé é isso: construir a história com Deus e perceber Deus na história.
Por essa razão, talvez, seja dado um destaque à formação do ser humano. É com o homem e a mulher que Deus pretende governar o mundo, preservar a beleza da dinâmica dos processos naturais, fazer história. Em sua existência no mundo, pois, o ser humano busca compreender a si mesmo. As pessoas de Israel, na antiguidade, ao perguntarem pelo sentido de sua história, sentiram um Outro presente e reconheceram essa presença que lhes soava como uma voz: “Façamos o ser humano (...)”. Ao indagar, então, a respeito de minha própria pessoa e dos rumos de minha história, sou convidado pelo texto bíblico a interpretar essas questões à luz da voz do Outro que me diz que sou uma criação divina, com quem Deus deseja escrever uma história neste mundo e a favor deste mundo.
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